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TUBERCULOSE ATINGE PICO NO RIO

  • Foto do escritor: Silvia da Costa
    Silvia da Costa
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 5 dias

Boletim liga casos graves em AP 4.0 e Cidade de Deus à vulnerabilidade social.


Mapa de concentração de casos novos de tuberculose na Área de Planejamento 4.0.
Mapa de concentração de casos novos de tuberculose na Área de Planejamento 4.0.

O mais recente Boletim Epidemiológico da Tuberculose, emitido pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio), acende um alerta crucial para a saúde pública. Em 2023, o coeficiente de incidência da doença no município alcançou seu valor máximo em dez anos (114,7 casos por 100 mil habitantes). A distribuição espacial dos novos casos revela focos críticos de transmissão. Comunidades de alta densidade populacional e vulnerabilidade social apresentam concentração elevada, com destaque para áreas como a Cidade de Deus e Rio das Pedras. O documento é incisivo ao concluir que a alta carga da doença nestes locais está diretamente ligada à extrema vulnerabilidade social.


O adoecimento afeta predominantemente homens, negros, em idade produtiva (20 a 49 anos) e com baixa escolaridade. Este perfil está diretamente associado a estudos que correlacionam a fragilidade econômica ao maior risco de desenvolver a doença. Esta correlação reforça a necessidade urgente de ações de saúde que vão além do tratamento puramente médico, exigindo uma articulação intra e intersetorial para enfrentar as causas socioeconômicas da epidemia.



Há múltiplos fatores que determinam a transmissão da tuberculose.
Há múltiplos fatores que determinam a transmissão da tuberculose.

Embora não haja um benefício social único e exclusivo criado especificamente em razão do diagnóstico de tuberculose, existem benefícios sociais que dependem do paciente atender aos critérios de concessão. Entre os principais suportes estão o Auxílio-Doença, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Vale Social e a Isenção do Imposto de Renda (IR). Adicionalmente, o Auxílio Alimentação é um suporte fundamental fornecido exclusivamente no estado do Rio de Janeiro pela Secretaria de Estado de Saúde, concedido a pacientes em tratamento de tuberculose sensível e resistente e a MNT (Micobactérias não tuberculosas), no valor de R$ 250,00 mensais, visando garantir a nutrição e a adesão completa à terapia.


É fundamental que a população esteja atenta aos sinais: tosse persistente, febre baixa, cansaço e suor noturno. Nesses casos, a busca pela Clínica da Família mais próxima é crucial para a quebra da cadeia de transmissão. A persistência da tuberculose em níveis tão elevados, especialmente em áreas carentes como a Cidade de Deus, sinaliza que a luta contra a doença requer, simultaneamente, o fortalecimento do diagnóstico e a melhoria efetiva das condições socioeconômicas nas áreas mais críticas.


Referências:




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