QUEM MANDA NO BRASIL É O POVO BRASILEIRO
- JAAJ

- 22 de ago.
- 2 min de leitura
O Jornal Abaixo-Assinado fez uma análise abrangente dos principais efeitos econômicos, diplomáticos e ambientais dos impactos das absurdas medidas do governo americano e como o Brasil tem reagido:
1. Tarifas Comerciais Armas de Pressão Política
Escalada tarifária: Em abril de 2025, os EUA aplicaram uma tarifa de 10 % sobre alguns produtos brasileiros. Em julho, Trump elevou a alíquota para 50 %, justificando-a com argumentos como “caça às bruxas” contra Bolsonaro ou alegados déficits comerciais, ainda que os EUA tivessem superávit de US$ 7,4 bi com o Brasil em 2024.
Resposta brasileira: O Brasil apresentou uma solicitação de consultas na OMC e promulgou a Lei da Reciprocidade Comercial (Lei nº 15.122/2025), permitindo impor tarifas retaliatórias.
2. Setores Afetados e Estratégias Alternativas
Exportadores em foco: Produtos como carne, café e aço foram duramente atingidos. O setor exportador sofreu perda de competitividade, enquanto algumas exceções (como aviões Embraer, fertilizantes e silício) foram liberadas.
Desemprego: O emprego de milhares de brasileiros será afetado com esse tarifaço de Trump apoiado pelos Bolsonaros.
Pacote de apoio interno: O governo Lula respondeu com o plano “Brasil Soberano”, que destinou cerca de R$ 30 bi (US$ 5,5 bi) em créditos, prorrogação de impostos e incentivos internos para proteger os exportadores e aos trabalhadores.
Diversificação de parcerias: Como resposta à pressão americana, o Brasil intensificou cooperação regional e global — desde parcerias com o Equador até esforços na COP-30 e nos BRICS.
3. Choque às Relações Institucionais
Sanções a figura judicial: O governo Trump usou uma lei americana para “sentenciar” o ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob acusações de violações de direitos humanos, criando tensão diplomática e jurídica.
Desafio interno aos bancos: O STF advertiu bancos brasileiros a não cumprirem sanções americanas, enaltecendo a primazia da lei brasileira.
4. Perturbações ao Multilateralismo e à Política Climática
Agressão ao modelo multilateral: A preferência de Trump por tarifas em vez de diplomacia e seu ceticismo em relação a instituições como a OMC e o Acordo de Paris ameaçam agendas globais importantes para o Brasil.
Impacto climático: A saída dos EUA do Acordo de Paris e o enfraquecimento institucional reduzem o suporte internacional aos esforços brasileiros de preservação ambiental – especialmente relevantes diante da COP-30 em Belém e debates sobre a Amazônia.
5. Reforço da Cooperação com BRICS
Aliança estratégica em gestação: Com os Estados Unidos adotando medidas protecionistas, há um movimento crescente entre os países do BRICS (Brasil, Índia, China, Rússia, África do Sul) para estreitar vínculos comerciais e fortalecer bloco contra vetores externos Esse panorama mostra como as políticas de Trump têm agido como um catalisador de tensão, mas também de articulação estratégica por parte do Brasil — especialmente sob a liderança de Lula. O governo brasileiro não pode se curvar diante das posições arbitrárias e absurdas do presidente Trump fomentadas e incentivadas pela família Bolsonaro. Quem manda aqui não é uma nação estrangeira. Quem manda no Brasil é o povo brasileiro.
Fontes pesquisadas: Brasil de Fato, Agência Brasil, O Globo, Correio Brasiliense, El País, Wikipedia, Reuters, AP News, The Washington Post e The Guardian.



Comentários