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431 ANOS DE JACAREPAGUÁ

  • Foto do escritor: Ivan Lima
    Ivan Lima
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Setembro é o mês de aniversário de Jacarepaguá. São 431 anos comemorados no dia 9 de setembro de 2025. Continuamos com os mesmos problemas que não foram resolvidos em vários governos – Estado e Prefeitura.


Os pesquisadores do IHBAJA estudam historicamente a Baixada de Jacarepaguá e escreveram sobre Magalhães Corrêa - um naturalista e escultor brasileiro que documentou o "Sertão Carioca" e defendeu a preservação ambiental na região, falecido em 1944.


No início da década de 1930, Magalhaes Corrêa [1889–1944] mudou-se com a família para um sítio em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, onde escreveu uma série de reportagens sobre o estado do valioso patrimônio natural local remanescente da Mata Atlântica – solos, rios, lagoas, restingas, dunas, flora, fauna – e sobre a vida sertaneja ainda pulsante a apenas uma hora do centro urbano do Rio de Janeiro – fazendas, igrejas, represas, pontes, estradas, ofícios, técnicas de produção, instrumentos de trabalho etc. Publicadas, entre 1932 e 1933, no Correio da Manhã, as reportagens tornaram-se livro em 1936, lançado como o volume 167 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.


O IHBAJA escreve sobre o passado. Nós do Jornal Abaixo-Assinado estamos escrevendo, junto com o IHBAJA, que vivemos os mesmos problemas e atualmente o mais grave é a destruição ambiental. “Se na década de 1930, Magalhães Corrêa chamava a atenção para a constante destruição da fauna e flora de Jacarepaguá, além de apresentar os problemas sociais de uma região abandonada pelo poder público, hoje podemos traçar um paralelo com as transformações estruturais e urbanas pelos quais passou e ainda passa Jacarepaguá.”


“Magalhães Corrêa questionava o pensamento de que o sertão e os problemas sertanejos ocorriam em regiões afastadas do Rio de Janeiro (então Distrito Federal). Ao contrário, o sertão começava bem perto do centro urbano, a um pouco mais de 30 quilômetros. Seu “Sertão Carioca”, lugar de visitas turísticas, praias, rios e cachoeiras, era também o local do abandono, de mazelas sociais, da pobreza, do desmatamento e das fazendas em decadência. Bem diferente de uma urbanização incipiente encontrada na “porta de entrada” da região (Praça Seca, Tanque e as estradas das regiões da atual Pechincha e Freguesia), o resto da Baixada era um ambiente em sua essência rural, visto de forma pitoresca, mas ainda desconhecido pelo governo à época.”

Hoje, podemos pensar que o crescimento urbano e o olhar governamental sobre essa região mudou e muitas das antigas características se perderam. Porém é necessário refletir sobre como esses avanços ocorrem e qual o sentido de desenvolver e preservar, sem que ambos os conceitos sejam antagônicos e excludentes. A luta continua por melhores condições de vida em toda Baixada de Jacarepaguá. Esse é o compromisso do Jornal Abaixo-Assinado.


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