PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECONHECE QUE CONSTRUTORA INVADIU ÁREA PRESERVADA DA LAGOA DE JACAREPAGUÁ
- Felipe Lucena
- há 1 dia
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Neste mês de junho, Flavio Costa Bezerra Filho, procurador do Estado do Rio de Janeiro, reconheceu que o empreendimento Invert, da Gafisa, na Rua Paulo Moura, invadiu a Faixa Marginal de Proteção (FMP) da Lagoa de Jacarepaguá.
O projeto que prevê a construção de dois blocos de sete pavimentos cada foi paralisado pela Justiça em junho de 2023. O Estado do Rio, com a nova decisão, migra para o polo ativo, ou seja, passa a ter interesse no processo e na reparação de danos pela construtora.
Rodrigo Bertoli, advogado da ação popular que questiona desde o início o aterramento de parte da margem da Lagoa de Jacarepaguá, afirmou: “Finalmente aceitaram os fatos. O Estado reconheceu esse aterramento. Eu agradeço a todos que estão ao meu lado e a sociedade civil, refletindo a importância (literal) da força da ação popular”.
O Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá cobriu esse caso. Na edição de março deste ano, fizemos a denúncia mostrando o parecer do IBAMA que já notava irregularidades na obra.
No dia 23 de janeiro deste ano, uma equipe do IBAMA/ RJ fez uma vistoria às margens da Lagoa de Jacarepaguá, onde a construtora e incorporadora Gafisa pretende erguer um empreendimento imobiliário, e constatou irregularidades que haviam sido notadas anteriormente por imagens de câmeras e satélites e divulgadas por ambientalistas, entre eles Rodrigo Bertoli.
Entre as irregularidades apontadas pelo IBAMA estavam o desmatamento de vegetação e o aterramento na denominada Área 1, que adentra parcialmente a Área de Preservação Permanente (APP) da Lagoa de Jacarepaguá.
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