CORREDOR AZUL - PROPOSTA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DEFENDIDA PELA POPULAÇÃO
- Sidney Teixeira Jr

- 30 de set.
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A sociedade civil foi unânime em dizer sim às propostas de Unidades de Conservação da natureza (UC) do projeto “Corredor Azul” — uma conexão de proteção ambiental entre os dois maciços da cidade. Em 16 de agosto, em uma consulta pública oficial aberta pelo Poder Público Municipal, pessoas de diferentes locais da cidade se reuniram para debater a proposta e apoiá-la. A expectativa é que, uma vez passada essa fase, seja elaborado um detalhamento da proposta, assim como pareceres técnico e jurídico para, então, assinatura ou não de decreto pelo prefeito.

Antes mesmo do início do processo formal de estudo dessa área, a comunidade organizada, sobretudo pela AMAF (Associação de Moradores e Amigos da Freguesia), vem reivindicando a proteção da mata que está na vertente oeste do maciço da Tijuca (mas fora do Parque Nacional) pela campanha Floresta em Pé Jacarepaguá. Essa proposta reuniu assinatura em abaixo-assinado e adesão por diversas campanhas, tendo sido acolhida pela secretária de Meio Ambiente e Clima, Tainá de Paula, desde o início do seu mandato. Os debates internos na Secretaria levaram-na a englobar também a área perilagunar para estudo simultâneo, considerando o potencial de conexão florestal. Assim, um grupo de trabalho da Secretaria foi criado somente para tal, atuando por um ano para propor tanto os limites preliminares como as tipologias de Unidades de Conservação, em um documento que foi publicado e está disponível na internet. Foi esse trabalho que o próprio grupo, coordenado por Vladmir Fernandes (que além de servidor dedicado é também morador da Baixada de Jacarepaguá), apresentou à população presente na Consulta Pública.

Ecologistas da cidade, membros de várias associações de moradores da cidade e da FAMRIO (Federação das Associações de Moradores do Município do Rio de Janeiro), estudos de biologia e de várias áreas, e representantes do Conselho de Meio Ambiente da Cidade opinaram favoravelmente, elogiando a proposta. A AMAF, instituição da qual faço parte, orgulha-se muito desse momento, festejando-o com todos. Sabemos que a luta não acabou e ainda precisamos estar mobilizados para que a vontade política concretize a proteção ambiental — que ainda requer o decreto do prefeito.






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