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  • Foto do escritorVal Costa

UNESCO CONCEDE O TÍTULO DE "PATRIMÔNIO MUNDIAL" AO SÍTIO ROBERTO BURLE MARX

Atualizado: 6 de set. de 2021

Na bucólica Barra de Guaratiba, localizada na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, se encontra um ícone do paisagismo brasileiro: o Sítio Burle Marx. Essa propriedade, anteriormente chamada de Santo Antônio da Bica, foi comprada pelo artista plástico Roberto Burle Marx e pelo seu irmão, Guilherme Siegfried Marx, em 1949. Burle Marx, autor de mais de três mil projetos de paisagismo em 20 países, mudou para o sítio em 1973, tendo residido nele até a sua morte, em julho de 1994.


Com uma área de 365.000 m², a propriedade possui cerca de 3.500 espécies de plantas tropicais e subtropicais. O sítio também tem o Museu-Casa de Burle Marx, onde existe um acervo de 3.125 peças, incluindo imagens barrocas, cerâmicas pré-colombianas e obras do próprio paisagista (pinturas, desenhos, tapeçarias e murais em azulejos). O prédio da administração possui uma biblioteca com cerca de 2.600 títulos em botânica, arquitetura e paisagismo.


Capela de Santo Antônio da Bica

A principal atração histórica da propriedade é a Capela de Santo Antônio da Bica, construída em 1690 por Belchior da Fonseca Dória. Em 1710, quando o corsário Jean- -François Duclerc aportou com 1200 homens nas praias da atual Zona Oeste carioca para tentar invadir a cidade do Rio de Janeiro, esse pequeno templo foi saqueado e queimado pelos franceses. Após adquirir o sítio, os irmãos Marx restauraram a capela, com assessoria do arquiteto e urbanista Lucio Costa. Essa igreja ainda hoje é utilizada pelos habitantes da região para cerimônias religiosas e festivas.


Em março de 1985, Burle Marx doou o sítio ao governo federal, que atualmente o administra através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Em janeiro de 1988, toda a propriedade foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC. Apesar da Portaria 321, de 12 de junho de 2002, ter homologado o tombamento do sítio pelo IPHAN, somente em 4 de agosto de 2003 o bem foi inscrito no livro tombo das Belas Artes. No dia 27 de julho de 2021, o Sítio Roberto Burle Marx se tornou Patrimônio Mundial, na categoria Paisagem Cultural, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Esse é o 3º bem carioca que recebeu esse título. Também estão na lista o Cais do Valongo e as paisagens cariocas entre as montanhas e o mar.

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