TREINAMENTO EFICIENTE E O PROTAGONISMO FEMININO NA HISTÓRIA DO TRABALHO
- Isabor Dória

- 9 de ago.
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Atualizado: 27 de ago.
Como profissional da área de Recursos Humanos, tenho refletido sobre as mudanças nos valores geracionais e seu impacto no ambiente de trabalho. É inegável que os valores se transformam com o tempo, influenciados pelas tendências culturais, tecnológicas e sociais de cada época. No entanto, acredito que algumas estruturas de aprendizado permanecem, evoluímos, mas certos fundamentos se mantêm.
Ao analisar os formatos de treinamento e desenvolvimento de pessoas, senti a necessidade de revisitar o passado. Isso me ajudou a compreender melhor os desafios que enfrentamos hoje para preparar e desenvolver profissionais nas organizações. Mais do que isso, observei como o cenário de trabalho sempre esteve diretamente ligado ao papel das mulheres na economia, uma contribuição significativa que não é recente, embora nem sempre tenha sido valorizada como deveria.
Para unir esses dois temas, treinamento eficiente e mulheres atuantes, trago aqui um marco histórico que exemplifica com clareza essa interseção entre técnica e gênero: a Segunda Guerra Mundial.
Durante esse período, quando milhões de homens foram enviados ao fronte, milhares de mulheres assumiram funções industriais até então exclusivas do universo masculino. Elas passaram a operar máquinas, montar aviões e tanques de guerra, produzir armas e munições. Muitas delas sem qualquer experiência anterior no mercado de trabalho. Diante desse cenário urgente, surgiu a necessidade de treinar essas novas profissionais rapidamente e com eficiência.
Apesar de já haver esse cenário na primeira guerra mundial, foi na segunda guerra mundial que isso foi tão forte.
Foi nesse contexto que ganhou força o conceito da curva de aprendizado. A lógica desse modelo é simples e eficaz:
Treinamento inicial básico
Aprendizado acelerado na prática
Especialização e inovação contínua
Essa abordagem permitiu que, em pouco tempo, essas mulheres se tornassem altamente produtivas. O resultado foi uma redução de custos, aumento da eficiência e um ganho econômico expressivo, exatamente como prevê a curva de experiência.
Mais do que suprir a ausência dos homens nas fábricas, as mulheres romperam barreiras de gênero, mostraram competência, resiliência e deixaram um legado que ultrapassou os limites da guerra. Elas ajudaram a redefinir o papel da mulher no mercado de trabalho e demonstraram o impacto de um treinamento bem estruturado, mesmo em condições extremas.
Hoje, ao pensarmos em programas de desenvolvimento, é essencial lembrarmos que não basta apenas treinar, é preciso acreditar no potencial de transformação das pessoas, independentemente de sua origem, gênero ou histórico profissional. O passado nos ensina que com oportunidade, direcionamento e confiança, é possível acelerar o aprendizado e alcançar grandes resultados.






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