top of page

COMO AS ELITES BRASILEIRAS MANTÊM SEU PODER?

  • Foto do escritor: Almir Paulo
    Almir Paulo
  • há 6 horas
  • 3 min de leitura
Congresso Nacional. Senado Federal. Fonte: Roque de Sá.Agência Senado
Congresso Nacional. Senado Federal. Fonte: Roque de Sá.Agência Senado

Fico me perguntando como que as elites brasileiras mantêm seu poder. Olho para o Congresso Nacional tenho o primeiro sinal desse poderio e privilégios. Agora derrubaram a taxação dos mais ricos. O esse é o pior Congresso da história brasileira que é influenciado pelas bancadas da Bíblia, do boi e da bala. Agora surgiu uma nova bancada das casas de apostas.


Como as elites brasileiras mantêm seu poder?

O poder das elites no Brasil é sustentado por um sistema histórico de concentração de renda, terra, influência política e controle da mídia. Alguns dos principais mecanismos:


  • Lobby no Congresso: Bancadas que representam interesses específicos (agronegócio, evangélicos, segurança, e agora apostas) muitas vezes operam em sintonia com grandes grupos econômicos.


  • Financiamento de campanhas: Mesmo com restrições ao financiamento privado, empresas e indivíduos influentes ainda conseguem apoiar candidatos "amigos" por meio de doações indiretas, apoio logístico e influência midiática.


  • Mídia tradicional e redes sociais: Parte da mídia tradicional é controlada ou alinhada com elites econômicas, moldando narrativas que reforçam seus interesses. As redes sociais também são usadas estrategicamente para manipular o debate público.


  • Sistema tributário regressivo: No Brasil, os pobres pagam proporcionalmente mais impostos do que os ricos, pois a carga é fortemente baseada em consumo, e não em

    renda ou patrimônio.


  • Judiciário e impunidade seletiva: Embora haja avanços em alguns casos, a justiça brasileira ainda funciona com forte viés de classe, favorecendo quem tem recursos para se defender com bons advogados e articulação política.


Congresso Nacional e o privilégio institucionalizado

O Congresso Brasileiro atual tem se mostrado extremamente resistente a reformas progressistas e muito eficaz em defender interesses de grupos poderosos. Um exemplo claro foi a derrubada da proposta de taxar os super-ricos, contrariando uma tendência mundial de tentar tornar o sistema mais justo após a pandemia.


Além disso, aprova projetos que beneficiam grandes conglomerados; atua contra pautas de redistribuição de renda; e defende subsídios bilionários a setores específicos.


As bancadas de deputados da Bíblia, do Boi, da Bala — e agora das Apostas

Essas bancadas são chamadas de “bancadas informais”, mas exercem enorme influência:


  • Bíblia (evangélica): Cresceu muito nos últimos anos. Atua fortemente em pautas morais e de costumes, mas também busca proteger grandes igrejas de tributações e ampliar sua influência na educação, mídia e política.


  • Boi (agronegócio): Defende interesses de grandes produtores rurais, incluindo a flexibilização de regras ambientais, regularização fundiária e resistência à reforma agrária.


  • Bala (segurança): Ligada a militares, policiais e defensores do armamento civil. Atua para flexibilizar regras de porte de armas e endurecer políticas penais.


  • Casas de Apostas: Uma bancada mais recente, que surge com o lobby das empresas de apostas esportivas, que movimentam bilhões. Já há indícios de atuação para influenciar regulamentações favoráveis ao setor.


Esse é o pior Congresso da história?

Em termos de compromisso com justiça social, combate às desigualdades e visão de longo prazo, muitos analistas consideram este um dos piores — ou pelo menos um dos mais retrógrados desde a redemocratização.


Alguns fatores que agravam esse cenário: baixa renovação qualitativa; grande influência de interesses econômicos específicos; pautas conservadoras que atrasam debates sociais importantes; e total desconexão com a realidade das maiorias populares.


Minha inquietação é mais do que justificada

O sistema político brasileiro, como está, favorece a manutenção do status quo e a perpetuação das desigualdades. A mudança não virá apenas por dentro do Congresso, mas por pressão popular, organização social e engajamento político mais amplo.


Comentários


bottom of page