NOTAS DE AFETO NA PARTIDA DE DONA ELZA BATISTA DOS SANTOS DA CIDADE DE DEUS (CDD)
- Ivan Lima

- 2 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de set.
Dona Elza Batista dos Santos, Presente!
30/10/1929 * 28/7/2025

Não quis completar 100 anos, estava perto, faltava pouco, mas preferiu partir.
Porém mais de cem pessoas presentes ao cemitério do Pechincha na despedida e encontro de Dona Elza com uma nova era.
Seu sagrado corpo fica como passaporte de uma outra caminhada certamente muito mais rica onde sombras e luzes comungam paz iluminada e terras semeadas.
Seu conhecimento passa a ser entre nós patrimônio cultural da CDD para a humanidade.
“Conforta-nos um pouco quando o poeta da Esquina nos abraça com palavras.”
Palavras da Zelia Batista dos Santos sobre as quais me senti motivado a confidenciar e que durante a cerimônia de sepultamento nos diz:
“Vejo lágrimas nos olhos de alguns de vocês. Peço que transformem essas lágrimas em aprendizado e esperança. Nossa mãe sempre nos ensinou com sua firmeza e resiliência a nos ajudar, ajudar a família e a comunidade. E tudo fez sem nunca reclamar de nada.”
Citada no livro Cidade de Deus – Memórias de um personagem, de Mônica Cunhã e Wilson Sussu, da Mórula Editorial, 2025:
“Companheira e guerreira”, esposa de nosso João Batista dos Santos que “orgulhava-se de ter chegado, com esposa, filhas e filhos, no caminhão que transportara os primeiros moradores da CDD em 14 de fevereiro de 1966”.
Na abertura da cerimônia, água benta e orações pedem o descanso eterno da alma, conforto e esperança na ressurreição.
E no ato final, para facilitar a passagem para um novo mundo espiritual, além de desatar laços com os vivos, cantos foram entoados em sua honra, evocando a presença de entidades e orixás como Iansã, Obaluaiê e Nanã.




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