DIA DE TERROR EM JACAREPAGUÁ
- Felipe Lucena

- há 4 dias
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O último dia 16 de outubro confirmou que não vivemos tempos tranquilos em relação à segurança pública em Jacarepaguá. O problema que se estende e preocupa a todos teve nessa data uma junção de acontecimentos assustadores.
Por volta das 17h30 deste dia, intensos tiroteios entre traficantes e policiais militares assombraram moradores das comunidades do Tirol e Cidade de Deus.
Ao todo, seis ônibus foram sequestrados e usados para bloquear vias. Barricadas em chamas também ocupavam as ruas internas das comunidades. Unidades de saúde e escolas tiveram as atividades impactadas.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o tiroteio foi em frente à Unidade de Pronto Atendimento da Cidade de Deus, que gerou pânico nas pessoas que estavam próximas e correram para se abrigar dentro da UPA.
A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro informou que uma escola estadual precisou ser fechada na região.
De acordo com o Centro de Operações do Rio, o trânsito teve retenções na Rua Tirol, na Freguesia, com reflexos na Estrada do Gabinal, sentido Estrada dos Três Rios.
Somente por volta das 20h, o tráfego passou a apresentar alguma boa movimentação em vias da região, como nas ruas Edgard Werneck e Tirol e nas estradas do Gabinal e dos Bandeirantes.
Foram 15 linhas de ônibus que tiveram que mudar o itinerário ou interromper viagens.
"Eu demorei mais de duas horas para chegar em casa. Em um trajeto que faço todos os dias em 15, 20 minutos. Estava um caos", disse Raíssa Freitas, moradora da Freguesia.
Não muito longe da Cidade de Deus, um policial militar, identificado como Adelmo da Silva Guerini Fernandes, foi executado, também no dia 16, na comunidade da Asa Branca, em Curicica. Informações iniciais dão conta de que criminosos da região efetuaram os disparos.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) recebeu chamado para checar uma morte. Ao chegarem ao local, constataram que o PM, lotado no 21º BPM (São João de Meriti), já estava sem vida.
Além dele, um homem conhecido como Bilo também foi baleado no mesmo local e hora. Ele chegou a ir para o hospital, mas não resistiu e morreu.
No fatídico dia 16/10, moradores da Gardênia também relataram ouvir tiros na comunidade. Um deles, que preferiu não ter o nome citado, falou com a reportagem do Jornal Abaixo Assinado em tom de desabafo.
"Não aguentamos mais. Nosso bairro era conhecido por ser tranquilo. Agora é tiro, roubo e outros crimes toda hora. Isso precisa ser resolvido. Está insuportável".
No dia anterior, o Governo anunciou Plano de Segurança para a Região
O governo do Estado do Rio de Janeiro informou que entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (15/10), parte do plano de ação determinado pela ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas.
No documento, está registrado que se iniciará um trabalho de retomada dos territórios dominados por criminosos
na região da Grande Jacarepaguá.




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