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Viva o 1º de maio – Lutar é preciso! As ameaças contra os trabalhadores
Por Paulo Silva*
Pouca coisa pode se comemorar neste 1o de maio. Os fundamentos do trabalhismo, construído pelo presidente Getulio Vargas, atualmente, estão ameaçados pelo neoliberalismo extremo, dos ditames da terceirização e do fim da obrigatoriedade da carteira assinada. Mais do que nunca, hoje o trabalhador precisa exigir seus direitos e procurar seus deveres para um projeto que fez o Brasil avançar para o futuro nos anos 40 do século passado.
As ameaças declaradas do fim do 13o salário, das férias e da contribuição sindical fragilizarão a classe operária, culminando na mão de obra barata, que os países capitalistas esperam, para instalar fábricas e lucrar muito com uma lei trabalhista frágil e débil, sem proteção para o empresário nacional e escravizando a mão de obra brasileira, uma nova China na América do Sul.
fonte: CTB
A flexibilização das horas trabalhadas construirá, ao longo dos anos, a institucionalização do “bico”, impondo ao trabalhador, principalmente o braçal, o fim de uma renda fixa e de uma aposentadoria longínqua, preconizando a quantidade de cidadãos idosos procurando emprego em um mercado que prioriza os jovens estagiários, que ganham muitas vezes menos de um salário mínimo, para exercer diversas funções, fazendo a alegria de um mercado que privilegia o lucro antes de qualquer coisa.
O governo entreguista, a serviço do capital rentista apátrida, fabrica o desemprego para facilitar a aceitação da nova lei trabalhista, cooptando o trabalhador, na “marra”, pois este precisa sustentar dignamente sua família, a engolir o desmonte das suas garantias de trabalho e emprego.
É preciso conclamar os trabalhadores do Brasil para que não aceitem as novas leis trabalhistas, lutem contra esta invencionice, que está sendo imposta a eles em nome da liberdade capitalista, travestida de modernização e facilidades. Querem acabar com o sistema atual trabalhista por ser o único, um dos mais simples e importantes do mundo.
*Cineasta
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