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Foto do escritorLuiz Claudio Silva

VILA AUTÓDROMO: 'EXISTE, RESISTE E REEXISTE'

Atualizado: 10 de set. de 2021

Breve histórico: surgimento e perseguição com as ameaças de remoção.


A luta permanente deu fruto

A comunidade da Vila Autódromo, situada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, criada no final da década de 1960 como uma colônia de pescadores, por estar às margens da lagoa de Jacarepaguá, teve seu nome registrado e consolidado a parti r da grande obra automobilística do Autódromo de Jacarepaguá. Muitos pescadores que viram na pesca da região o seu meio de subsistência, começaram a migrar para esse território, dando início à construção de suas histórias com a formação de suas respectivas famílias. A Vila Autódromo, na época, era uma área abandonada e esquecida, sem nenhum valor comercial, porém com importante biodiversidade — jacaré, capivara, pato do mato, esquilos, gambás, lagartos, aves diversas, entre outros.

Como outras comunidades, a Vila Autódromo, em virtude de suas riquezas naturais e da proximidade com a área urbana da cidade, começou gradativamente a crescer e progredir, sempre com muita organização. Em 1989, algumas famílias, oriundas da comunidade Cardoso Fontes, foram assentadas na Vila Autódromo pelo então prefeito Marcello Alencar. A esse grupo se somaria outro assentamento de mais 60 famílias, por iniciativa da própria Secretaria da Habitação e Assuntos Fundiários, em 1994.


A demolição das casas na Vila Autódromo pelo governo Paes

Com a construção do prédio da associação de moradores, a comunidade obteve, também em 1987, o seu registro formalizado juridicamente, surgindo então, de modo oficial, a Ampava (Associação de Moradores, Pescadores e Amigos da Vila Autódromo). Com toda a evolução imobiliária no entorno da Vila Autódromo, acompanhada da valorização do território e do metro quadrado que ficava cada vez mais caro, não demorou muito para começar a perseguição com ameaças de remover a comunidade. Em 1993, no primeiro mandato do prefeito Cesar Maia, a Vila Autódromo sofreu a primeira tentativa de remoção, por meio de uma ação civil pública movida pelo então sub-prefeito da Barra e Jacarepaguá e, hoje, atual prefeito da cidade, Eduardo Paes. O argumento era de que a Vila Autódromo causava “danos estéticos e ambientais” à área. (Processo n. 0081973-19.1993.8.19.0001)


A Vila Autódromo sofreu ameaças de remoção por mais de duas décadas, por motivos inconsistentes, pois sabemos que a real motivação sempre foi a especulação imobiliária. Mas a comunidade sempre resisti u e conseguiu permanecer!

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