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RPC Editora lança sexto livro
Livro “O Proeja no Colégio Pedro II: formação e qualificação docente em questão”
Pedagogo do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-Uerj), o Bruno Miranda Neves fez o lançamento do livro “O Proeja no Colégio Pedro II: formação e qualificação docente em questão”, pela RPC Editora – é o sexto livro lançado pela editora.
Em entrevista ao site do Sintuperj, Bruno revelou que desde a graduação realiza pesquisas sobre “ensino médio integrado” num grupo de estudos do professor Gaudêncio Frigotto. E que escolheu o programa Proeja como foco por ser o mais robusto dos programas federais voltados à escolarização e profissionalização. “Robusto porque prevê a articulação entre a educação básica e a educação profissional, tratando a EJA e a profissionalização enquanto direito” afirmou.
Segundo Bruno, “o programa é executado em instituições que não têm histórico na oferta da educação de jovens e adultos”, o que para ele gera conflitos quanto ao perfil dos públicos da educação básica e da educação profissional. No entanto, acrescentou, isso não ocorreu no Colégio Pedro II. “Então eu fui estudar a questão da qualificação dos educadores que atuam no curso. Eu pensei: ‘o Pedro II não tinha nem profissional, tinha de forma bem minoritária. Agora vão ter profissional com EJA? Vamos tentar entender como essas coisas estão acontecendo’”, explicou.
A escolha do Colégio Pedro II entre os vários campi do programa Proeja se deveu ao fato de a instituição não ter originalmente uma estrutura voltada à educação profissional, como as escolas técnicas e federais. Por isso, a preocupação voltada para a estrutura disponível na instituição para a formação profissional. “Uma coisa que é importante perceber toda vez que é lançado um programa, é pensar quem são os responsáveis por atuar naquele programa. Então delimitei a questão na formação docente, não apenas os docentes, mas os pedagogos, os técnicos em assuntos educacionais, os psicólogos e assistentes sociais. O fato é não adianta ter o melhor plano do mundo se aquelas pessoas que são responsáveis ou co-responsáveis por levá-lo adiante sequer entendem o que tem que fazer”. Ele completou dizendo que mesmo com os possíveis investimentos em infraestrutura, é imprescindível voltar as atenções para a relação pedagógica entre os profissionais da educação e os alunos. “Você precisa ter uma qualificação das pessoas que estão atuando, além da infraestrutura”, acrescentou.
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