- Jornal Abaixo Assinado
QUAL É A REAL SITUAÇÃO DAS ESCOLAS ESTADUAIS NA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ?
Qual é a real situação das escolas estaduais na Baixada de Jacarepaguá? Uma pergunta que não quer calar. O primeiro problema começa na quantidade de escolas e as demandas existentes. Em toda a região temos apenas cinco escolas estaduais – Maria Terezinha (Praça Seca), Brigadeiro Schorcht (Taquara), Ulysses Guimarães (Curicica), Stella Matutina (Tanque) e Vicente Januzzi (Barra). O número de vagas oferecidas nessas unidades não contempla a demanda apresentada, o que leva muitos jovens com idade de 15 anos a irem para o turno da noite, nas chamadas escolas compartilhadas – cedidas pelo município no turno da noite. Nesse aspecto, temos os problemas de segurança, transportes, redução de conteúdo devido a carga horária reduzida, maturidade…
O segundo problema é o olhar que a SEEDUC dá aos professores: falta condições salariais (quase oito anos sem sequer reposição da inflação nos salários!) que leva os professores a se desdobrarem lecionando em três turnos para garantir um salário que contemple sua dignidade. Não há como conciliar a carga horária aumentada e a qualidade das aulas ministradas. Também faltam professores em toda a rede.
O terceiro, diz respeito à manutenção dos prédios. As escolas compartilhadas pelo município não tem autonomia para implantar melhorias. Tudo tem que ser autorizado pelas direções municipais e há escolas onde sequer existe sala para os professores.
O quarto problema, é que a pandemia realmente escancarou toda a sorte de desigualdades existentes na sociedade, e na área da Educação não foi diferente. Nossas escolas não têm infraestrutura para cumprir protocolos de segurança em saúde, nem fora de uma situação de pandemia, que dirá nela. Salas superlotadas, climatização sem manutenção, janelas de ferro que foram soldadas ao serem climatizadas (e ainda que não tivessem sido, não oferecem uma circulação de ar satisfatória)
Professores e alunos sempre em luta pela melhoria do colégio e pela construção de um novo prédio no bairro do Tanque – obra começou e parou logo em seguida no governo Cabral.
Escrito por Neli Belem de Mattos
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