PRIVATIZAÇÕES VÃO APROFUNDAR A MISÉRIA NO PAÍS
O governo Bolsonaro foi eleito com a proposta de destruir o estado brasileiro, tudo que fosse público e estatal deveria ser entregue ao mercado. Para tal tarefa foi escolhido um dos nomes mais afinados com essa política entreguista, o senhor Paulo Guedes. Os donos do poder do país, a grande mídia, os empresários, o agronegócio e o capital especulativo internacional não se cansaram de aplaudir estas propostas durante a campanha eleitoral e nestes quase dois anos de governo.
Mas afinal, onde o povo fica nessa história? Fazendo um recorte de setores estratégicos para a população como água e energia, tais medidas serão uma tragédia social, que irá aprofundar ainda mais a miséria no país.
A Eletrobras, a maior empresa de energia da América Latina, produz cerca de 30% da energia consumida no Brasil. Trata-se de uma empresa que gera lucros aos cofres do governo. Seu papel é estratégico para o crescimento econômico e para a diminuição da pobreza nas regiões mais carentes do Brasil. Quem não se lembra do programa Luz para Todos? Que levou energia para milhões de lares desassistidos, nos rincões mais profundos da nossa nação. Nem mesmo os países mais desenvolvidos abriram mão da sua soberania energética, através das suas estatais. A população pobre irá sofrer com o aumento exorbitante das tarifas de energia, ou seja, motivos não faltam para ser contra essa privatização.
No Rio de Janeiro e no país, outro setor duramente atacado por esse governo formado de vendilhões, é o do saneamento público. Recentemente, com as mudanças no marco regulatório propostas por Bolsonaro e sua base no Congresso, ficou estabelecido que o setor privado ficasse com a exclusividade na exploração das áreas de saneamento e esgoto. Com isso, as empresas públicas, como a Cedae, serão leiloadas a custo de banana. É incalculável o que tal medida poderá gerar em curto prazo. O chamado subsídio cruzado, em que as tarifas das regiões mais abastadas bancam as regiões mais pobres, como as comunidades, serão extintas. Pois, para o capital, o que vale é o lucro. Nenhuma empresa privada vai querer prestar serviços onde não se pode pagar. O resultado será em breve a exclusão social da água, um direito humano, previsto pela ONU.
Nesse quadro desolador, cabe à população somar esforços com o movimento sindical e social, dizendo não à privatização da água, da energia, e das demais empresas públicas estratégicas como os Correios. Não podemos nos transformar novamente em colônia de exploração dos países ricos.
Crédito da Imagem: Marcos Santos/USP Imagem, extraída do site Rede Brasil Atual.
Escrito por Renan Costa
Visite o site www.energianaoemercadoria.com.br e conheça mais sobre essa luta.
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