Primeiramente, fora Temer e depois feliz dia dos namorados
Por Miguel Pinho
Acabou o amor! Isso aqui vai virar um inferno!
Torcida do Flamengo
No artigo do mês de junho é impossível deixar passar em branco o dia dos namorados. O namoro é aquele lindo laço de união entre dois seres (em tese) apaixonados, que ainda não atingiu a magnitude na escala dos compromissos, sendo uma espécie de divisão de base dos relacionamentos, onde o nível fraldinha é aquela paixão platônica e o time profissional o casamento.
Nada mais justo que aqueles que namoram tenham um dia reservado no ano para o seu amor. Nos países do hemisfério norte as pessoas comemoram no dia de São Valentim em fevereiro. Esse tal de Valentim era um cara legal que quando o imperador Cláudio II proibiu a realização de casamentos, ele ia lá e os realizava em segredo. Alguém não deve ter tido uma boa lua de mel, contou pro imperador e passaram o pobre Valentim. Já no Brasil a história é ainda mais romântica e sacra. João Dória, publicitário paulista, vendo que não havia datas comerciais em junho decidiu criar uma, o nosso dia dos namorados. Doze de junho é dia de celebrar o amor, e como um tributo ao criador, comprar um presentinho pro mozão.
Mas esses dias eu descobri que não dá pra escrever um artigo e colocar a cabeça no travesseiro com a consciência tranquila se você não criticar esse governo golpista e ilegítimo do Michel Temer. Primeiramente, fora Temer. Depois é importante lembrar que sempre é possível fazer paralelos entre relacionamentos e a política.
Existe um namoro recente entre o povo brasileiro e a democracia, mas como todo relacionamento tem aqueles invejosos que torcem contra e fazem o possível para melar o romance alheio. Michel Temer cansado do papel decorativo de vice-presidente decidiu apelar para forças ocultas para separar o povo da democracia. Fez um trabalho de amarração com o Pai Eduardo Cunha e mais 366 espíritos das trevas, e também contatou a entidade Gilmar Mendes. Em troca da separação entre o povo e a democracia, prometeu aos espíritos de pouca luz uma série de oferendas: menos recursos pra saúde e educação, perda de direitos trabalhistas e entrega do nosso petróleo e patrimônio nacional.
Mas o povo não é bobo e não tem mandinga forte que o passe para trás. Não se completou nem 2 meses com Temer e já foi dito que “acabou o amor”! Não vai ser aceito esse relacionamento abusivo, baseado em chantagens, mentiras e mesquinharias. E não vai adiantar chamar pra jantar num local bacana e dar perfumarias de presente, o povo não aguenta mais e vai dar um ponto final nessa história.
Tão fabricado quanto o dia dos namorados é esse governo ilegítimo, feito sob encomenda para atacar com violência os direitos do povo brasileiro. Vai ter muita luta para tirar essa gangue de golpistas que se apossou do governo. E vamos reatar de vez o namoro entre o povo e democracia, e que isso vire logo um casamento e sejam felizes para sempre, como deve ser.
Fonte: Levante popular da Juventude
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