- Jornal Abaixo Assinado
POBRE DO NOSSO RIO DE JANEIRO
Atualizado: 22 de ago. de 2021
Chuva de tiro – muitas balas
Defensor do uso de ‘snipers’ (atiradores de elite), e o consequente abate de criminosos, o governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que não cabe a ele fazer juízo de valor sobre a ação dos militares em Guadalupe, onde foi morto por engano o músico Evaldo Rosa dos Santos. Na ação, foram disparados 80 tiros: “Não me cabe fazer juízo de valor nem muito menos tecer qualquer crítica a respeito dos fatos.” Este caso, ocorrido no domingo, dia 6 de abril, em Guadalupe, quando um carro de trabalhadores foi alvejado por 80 tiros do Exército, é mais um capítulo trágico no Rio de Janeiro. Demonstra o despreparo e o descontrole do Estado, coloca em evidência os territórios e os alvos passíveis de serem mortos. Mostra uma dinâmica já conhecida de “atirar primeiro e perguntar depois”, que atinge as comunidades e as periferias, além das tentativas de forjar situações de enfrentamento que não se sustentam diante de filmagens e testemunhas.
Falta gestão competente
“Não foi efetivo não (o trabalho de prevenção de crise). Imaginávamos que viria chuva forte, mas não imaginávamos que fosse cair com tanta força na Zona Sul”, reconheceu Crivella à GloboNews.
A Prefeitura do Rio ainda não gastou um centavo na manutenção da drenagem urbana da cidade e na contenção de encostas. Os R$ 8.297.106,09 pagos para as empreiteiras contratadas para os serviços de drenagem quitaram apenas faturas por serviços prestados principalmente no ano passado. Assim como no caso da drenagem, o Executivo municipal não investiu recursos este ano em obras de contenção de encostas. Não houve autorização, por parte da Geo-Rio, para que fossem feitos quaisquer gastos nesse sentido. também em consulta ao Rio Transparente. Os R$ 4,4 milhões pagos em 2019 foram referentes a faturas de despesas realizadas em 2018. Esses dados são do Rio Transparente, coletados pelo jornal O Globo. E a cidade já passa pelo terceiro temporal em 2019.
Enfim, vivemos com medo, diante de tantas mortes no Rio de Janeiro, em consequência dos temporais, e “chuvas” de tiros. E o que vemos é apenas muita conversa fiada os governantes cariocas.
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