POÉTICAS DA RESISTÊNCIA
Vinte e nove mulheres artistas da periferia ocupam até 15 de agosto o Paço Imperial
Desde o último dia 8, está aberta ao público a Mostra Poéticas Femininas na Periferia, no Paço Imperial, importante espaço histórico do Centro do Rio de Janeiro. A mostra conta com a participação de 29 artistas moradoras de periferias cariocas e da Baixada, que apresentam seus trabalhos mais recentes. Esta exposição coletiva, que ainda contou com uma versão totalmente virtual durante o mês de abril, é produto de um curso de mentoria artística, de iniciativa da plataforma Artistas Latinas, cujo foco é a difusão de artes visuais sobre a produção artística feminina na América Latina.
Essa ocupação, conforme vem sendo trabalhada pela curadoria, é também uma forma de demonstrar a renovação de espaços expressivos da cidade, que cada vez mais tem agregado novas artistas. Paulo Farias, um dos curadores da exposição e idealizador do projeto, ressalta que: “Esse trabalho vai muito além do espaço físico. A mentoria que o embasou, além de ter uma equipe muito potente, composta pela professora Isabel Carvalho e a artista Andréa Hygino, e por Emmanuele Russel, mediadora e organizadora curatorial, também foi um espaço de conexões e de encontros. Esses encontros, permitidos pelo formato on-line, também falam muito sobre como a periferia se encontra nela mesma e, principalmente, de como existe uma pluralidade artística muito forte e uma cena crescente em dezenas de bairros do Rio que estão fora do eixo Centro–Zona Sul.”
O projeto, que contou com o patrocínio da Lei Aldir Blanc e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, apresentou os muitos frutos que resultaram da carreira dessas artistas a longo prazo. É importante destacar que há três representantes das áreas de Jacarepaguá e Vargens fazendo parte desta Mostra. Fico muito feliz e grata, por ser uma das artistas participantes, onde exponho o livro das Suturas Impressas, trabalho que surgiu a partir da minha produção em tempos de pandemia e virou uma obra — instalação móvel, com artistas como Ingrid Lemos, com sua obra Baba Vovó, que traz as memórias afetivas e ancestrais dela com sua avó, como força motriz para sua produção artística, e Claudia TS, com Periférica (foto), ressaltando a importância da conexão entre as pessoas e a natureza como fonte de cura.
Então, bateu curiosidade para ver tudo presencialmente?
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