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OUTUBRO ROSA
O Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, tem como objetivo compartilhar informações, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar um maior acesso aos diagnósticos/tratamentos e, por fim, contribuir para a redução da mortalidade.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, no Brasil, 66.280 mulheres desenvolverão esse tipo de câncer a cada ano entre 2020 e 2022.
O câncer de mama resulta de uma multiplicação incontrolável de células anormais que surgem a partir de alterações genéticas (hereditárias ou adquiridas). O principal sinal da doença é o nódulo mamário endurecido fixo e geralmente indolor, porém existem outros sinais, tais como: o endurecimento de partes da mama, a mudanças na pele (retração ou aparência de “casca de laranja”), a saída espontânea de líquido do mamilo, a mudança na posição ou no formato do mamilo e o aparecimento de nódulos no pescoço ou nas axilas.
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de alterações mamárias. Esse tipo de câncer pode ser detectado nas fases iniciais em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias. “Quando o câncer de mama é detectado precocemente, as chances de cura da doença são de até 95%.”
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada 2 anos. A mamografia é uma radiografia das mamas, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas.
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia alvo. O tratamento cirúrgico do câncer de mama pode acarretar complicações no membro superior do lado operado como: linfedema, dor, diminuição da amplitude de movimento, diminuição da sensibilidade e da força muscular, ocasionando uma piora na qualidade de vida dos pacientes.
A fisioterapia desempenha um papel importante na prevenção, na minimização e no tratamento das complicações advindas da doença e do seu tratamento, atuando no pré e no pós-operatório. A atuação da fisioterapia no pré-operatório de câncer de mama visa avaliar a presença de alterações posturais, a força muscular dos braços, sua amplitude de movimento e orientar as pacientes sobre os cuidados e as possíveis complicações do pós operatório. Após a intervenção cirúrgica, a fisioterapia tem como objetivo restabelecer a função do braço, prevenir complicações respiratórias, formação de linfedema, fibroses e aderências, além de diminuir a dor.
Nossa equipe de fisioterapeutas atua com a utilização de várias técnicas e métodos, como Terapia Física Complexa, visando o tratamento do linfedema; Reeducação Postural Global (RPG), visando o tratamento de desvios posturais; Pilates e Técnicas de Liberação Miofascial e Cinesioterapia, atuando no restabelecimento da força e do alongamento muscular e consequentemente da amplitude de movimento do braço; Recursos Analgésicos, como o TENS e o LASER, visando a redução da dor; Técnicas de Liberação Miofascial e Cicatricial, atuando no tratamento das fibroses e aderências; entre outras.
Nosso maior objetivo no tratamento do câncer de mama é melhorar a qualidade de vida e a autoestima das pacientes e encorajá-las a retornarem para as suas atividades laborais e/ou de lazer da melhor forma possível!
Escrito por Juliana Moraes
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