top of page
  • Jornal Abaixo Assinado

OS DESAFIOS DA MULHER NA LUTA POR EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE


Vivo constantemente os desafios do SER protagonista do lugar na História, do falar do conhecimento construído no chão da escola e nos espaços acadêmicos, e do quanto é o potencial de riqueza desse saber feito por várias mãos e vozes femininas.

Ser professora e servidora pública na sociedade patriarcal brasileira não nos permite ficar em zona de conforto, pois a cada ano, o chamado se faz necessário para os embates contra governos que têm como mote a política de retirada de direitos dos trabalhadores e a precarização do serviço público, como mostra o pacote de maldades da Reforma da Previdência, orquestrado por Bolsonaro e Guedes a nível nacional e sendo seguido aqui, no Rio de Janeiro, pelos governos de Cláudio de Castro e Eduardo Paes.

Ser Professora e mulher é estar constantemente em alerta, mobilizada a favor do ensino público de qualidade e contra projetos que acentuem a desigualdade do ensino, ceifando perspectivas e sonhos dos nossos estudantes – nossos maiores patrimônios. É nesse cenário de muros desiguais que Mulheres tecem laços solidários e, através das lutas coletivas, promovem a perspectiva da Educação libertadora, sem obscurantismo, discriminações e machismo.

Os entraves produzidos pelos governos são grandes, como o descaso, a desvalorização e a falta de vontade política, que passam pela ideologia meritocrática dos “aptos” ao sucesso e às realizações, sendo permitido apenas à classe dominante um lugar de destaque. Porém, nós mulheres não nos furtamos a esse combate e os nossos sonhos por uma sociedade igualitária são maiores do que os entraves. Sendo assim, ocupamos o nosso lugar de visibilidade e independência intelectual, já que durante décadas, a mulher fora vista como submissa e receptora de saberes. Ingressamos no Ensino Superior, nas pesquisas e fomos conquistando os espaços de saberes e construção do conhecimento acadêmico, além de, consequentemente, potencializarmos a luta pela igualdade salarial com os homens. Vale destacar que tais conquistas se valem pela nossa resistência e coragem nas lutas.

Na minha trajetória profissional e sindical, em muitos momentos foi e ainda é preciso provar uma história de conhecimentos, habilidades, competências e capacidades. “É a mulher que sobrevive ao machismo”, portanto, é preciso colocarmos num espaço afirmativo e de respeito: Mulher, Educação e Ciência. 

Vamos à luta pela democracia, pela Vacina e fora Bolsonaro!

Na minha trajetória profissional e sindical, em muitos momentos foi e ainda é preciso.

Escrito por Dorotéa Frota Santana

0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page