Obra do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) paralisada há quatro anos
Já são quatro anos de obra parada do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD).
Enquanto isso, o prefeito anda de táxi e diz que vai acabar as obras para a Olimpíadas.
Para decidir a favor dos interesses da Carvalho Hosken, a Prefeitura do Rio agiu rapidamente, como se observa na construção do Centro Olímpico da Barra. Contudo, não é o que acontece quando a decisão é para atender a pessoas com necessidades especiais. O que retrata essa afirmação é a obra paralisada de construção do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) no Mato Alto, ao lado da Vila Olímpica Manoel Gomes Turbino, na Avenida Candido Benício.
Quatro anos após ter sido iniciada, a obra continua paralisada. A incompetência e as desculpas até parecem um roteiro de filme que se inicia com a primeira visita de técnicos do Tribunal de Contas do Município (TCM), em 15 de março de 2012. Na ocasião, a obra paralisou por 67 dias em virtude de problemas que, segundo o TCM, deveriam ter sido detectados na fase de elaboração do projeto. Entre eles, estava a interferência da obra nas redes de CEG, Light e Oi e no traçado da via expressa Transcarioca, então em construção. A segunda paralisação se estendeu por mais de um ano, de 23 de julho de 2012 a 1o de setembro de 2013. Naquela oportunidade, uma rede da CEG precisaria ser remanejada para a execução de parte das obras de fundação do CRPD, o que não ocorreu, como constatou o TCM em visita no dia 25 de setembro de 2013.
Em 21 de agosto de 2015, a Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização) publicou a abertura de uma nova licitação — necessária para a conclusão do trabalho — para o dia 29 de setembro. Nessa data, porém, o Diário Oficial do Município publicou apenas o adiamento da abertura da licitação, por tempo indeterminado. A Riourbe diz que o CRPD de Jacarepaguá teve 45% das obras executadas e foi inicialmente orçado em R$ 12,4 milhões, mas um erro na publicação do Edital fez com que fosse licitado com valor de R$ 7,176 milhões, ou seja, deverão ser gastos mais R$ 6,228 milhões — e é possível que, com a alta da inflação, esse valor aumente.
Enquanto isso, o prefeito, dizendo que terminará todas as obras antes dos Jogos Olímpicos, nada comenta sobre a retomada da obra da unidade do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD de Jacarepaguá).
*Texto dos coordenadores do JAAJ – Manoel Meirelles e Almir Paulo.
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