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Mulheres da Zona Oeste na luta

Comitê Popular de Mulheres promove a 1ª Semana de Lutas Feministas da Zona Oeste
A 1ª Semana de Lutas Feministas da Zona Oeste foi organizada pela frente feminista Comitê Popular de Mulheres com intensa crítica à apropriação da data pelas mídias que visam tão somente o lucro e a desinformação generalizada. “O 8 de março significa luta por direitos e reflexão sobre a violência que sofremos”, defendeu Marina Ribeiro.
Além de marcar presença na passeata pela Greve Internacional de Mulheres, no centro do Rio, as militante do Comitê Popular ocuparam a praça do BRT de Santa Cruz com forte reivindicação de direitos e denúncias sobre o machismo e o racismo que assolam o dia a dia das mulheres na periferia da cidade.
Mulheres contra a reforma da previdência
Na ocasião, várias militantes discursaram contra a reforma da previdência e lembraram que nós somos as mais atingidas com medidas antidemocráticas e inconstitucionais que, por exemplo, igualam a idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres e omitem o trabalho doméstico socialmente realizado por nós, ignorando que as mulheres são as mais mal remuneradas no mercado formal e informal de trabalho.
A luta pela Educação
A violência dentro das escolas também é praticada por quem deveria ser nosso companheiro. O Comitê Popular de Mulheres levantou a bandeira contra o assédio vivido por alunas e professoras realizando panfletagem em favor de uma educação emancipadora e livre do machismo.
Pesquisa e ação militante
Várias militantes do Comitê Popular realizam pesquisa sobre os conflitos socioambientais na região. Como contribuição à Semana de Lutas Feministas, duas atividades agroecológicas foram desenvolvidas na Zona Oeste. Nas Vargens, houve oficina de secagem da folha de bananeira para a criação de peças artísticas e artesanato. Em Pedra de Guaratiba, na casa das Mulheres de Pedra, as militantes do Comitê organizaram um Plantio Coletivo de mudas de tempero, ervas curativas e flores.
Foto de Maria Costa