MULHER BRASILEIRA EM LUTA
Atualizado: 15 de set. de 2021
Provocando.
As situações se repetem e é preciso mudar o rumo da educação familiar.
O que deve mudar?
Pra quem cabe está responsabilidade de mudança?
A mulher é vitima de como foi educada e da sua própria forma de educar os seus filhos. Ela foi educada para ser perfeita.
O foco numa separação:
Os motivos para que ocorra uma separação na vida de um casal são variados, porém se há neste relacionamento filhos para quem cabe a guarda de toda a responsabilidade emergida da relação?
Geralmente para a mulher a carrega e sem opção.
É o seu corpo que modifica, é o seu tempo que deverá ser elástico assim como os seus peitos para armazenar o alimento de seu rebento.
É lindo ser mãe. Sonho de tantos, mas, o trabalho de todo esta “opção” fica com maior responsabilidade para a mulher.
Escuto frases como:
Na hora de virar os olhinhos não pensou nisto?
E provoco! Quem não pensou sobre a responsabilidade?
O homem estava junto, ou não?
A decisão só foi só da mulher?
Ele é muito novo! Imaturo, se deseja sair da relação é um direito.
E ela? Será que foi consultada que deveria ser a mãe de seu macho?
Educar não é um processo fácil, e leva-nos a refletir sobre o papel da mulher nesta arte maternal de formar pessoas, de apronta-las para à vida.
Aqui neste espaço há apenas o desejo de provocar, refletir e entender uma parte do processo de construção maternal.
Lidar com a frustação de cuidar só.
O que será que difere uma mãe da outra? O que ela escutará de seus filhos quando adultos sobre a sua construção maternal?
Como ela reagirá aos questionamentos no futuro?
Para que tipo de relacionamento se educam filhos?
Ele casou direitinho, a esposa dele é muito direita, mas, ele pode comer em pratos diferentes, é homem!
Quem será a comida? Com quais os talheres devemos aprender a lidar ou em que bocas devemos prestar atenção quando se abrem em nossas direções.
Que mensagem nos trazem? Falam por quem? E o amor?
E assim a mulher segue o seu destino. Ela foi preparada para superar, para ser forte o suficiente para ter que se responsabilizar pela dinâmica doméstica, sem direitos trabalhistas adquiridos e ainda sair para o trabalho fora do lar.
Deverá também dar conta de educar seus filhos, estar com aparência apetitosa para ser comida. Ter fineza para ser substituída quando vencer todas estas etapas pré destinadas por um processo de educação intrafamiliar.
Deixará de fazer algo no meio do caminho, terá graça para o encanto das crianças? Mãos carinhosas para o afago maternal? Como fará com a pilha de louças e roupas para lavar, deixar o chão um brinco, Acompanhar o desenvolvimento escolar de seus filhos, dar conta de todas as tarefas domésticas?
Se o marido e/ou companheiro está com a blusa encardida, amassada, se ela não tem uma casa organizada, logo vem a tarja: a mulher é relaxada!
Os rins ficam gritando para que ela urine, como fazê-lo o tempo urge e se não vigiar a garrafa de água irá transbordar? É preciso colocar as roupas no varal, a máquina já parou!
Preste atenção na panela no fogo se não o almoço irá queimar! Fez o café? Nossa olha o relógio, com a demora dos ônibus você chegará atrasada no trabalho!
Você tem que trabalhar, mesmo que esteja cheia de dores! Quem irá pagar a conta da sua família? Que percentual te cabe neste lar?
Aprenda a lidar com a cegueira nas lotações a sua barriga não é passaporte para sentar-se, este jovem que está aí sentado é imaturo e não passará por esta experiência.
Ah! Querida vai chegar o seu dia, o dia das mães e eles irão te dar um abraço apertado, te entregar um presente e você será recompensada por todo esta dedicação.
Quando eles crescem e você o tempo todo pregou, uma maternidade responsável, uma convivência comunitária intrafamiliar, uma independência nas ações de prazer, eles irão fazer todo o itinerário do passado por estar dentro do contexto macro familiar e do julgamento do mesmo.
Poderá escutar que você teve um defeito. Talvez que não tenha sido carinhosa o tempo todo, porém ele o rapazinho imaturo que talvez como Peter Pan não cresça, será reconhecido pelos filhos como um grande amigo, carinhoso e as boas lembranças estarão lá. Ele teve o tempo precioso para rir, para brincar, para não fazer nada enquanto você corria para hospitais, escolas, supermercados pra manter o seu lar. Pois é, e o seu?
Não é fácil ser mãe em uma cultura onde o homem pode dar puladas de cerca como cabritos e não como uma pessoa responsável por escolhas. A escolha de parceiros é a grande chave para que haja mudança de paradigmas no processo familiar.
Observe no ranque da falta de compromisso com a vida, quem abandona quem?
Grande parte das crianças já são geradas tendo em sua corrente sanguínea todo o desafeto e descompromisso com a sua existência e a mãe, a mulher, até neste momento tem uma árdua tarefa, filtrar a emoção para no futuro ver a sua criança respeitando a figura materna.
Precisamos cada vez mais compromissar o macho com a procriação e não estou falando de lei, esta já existe. Estou falando de educação.
Ensinar os nossos filhos a serem pessoas sensíveis e compromissados com suas escolhas, a olhar a mulher com mais respeito, é preciso e mais uma tarefa.
Mais uma vez há necessidade da mulher tirar de dentro dela forças para lidar com esta situação, dependendo do homem que está do seu lado ela será uma vitima deste processo.
Quebrar paradigmas não é fácil.
Se não tomarmos uma medida, não teremos o direito de na velhice sair e cobrar do tempo à vida que deixamos de viver em sua plenitude por estarmos vivendo a dos filhos e sendo a mãe dos maridos e/ou companheiros.
Estaremos muito ocupadas perpetuando a santidade fêmea e ainda cuidando de netos e as nossas filhas, eternas secretárias do lar, sem um salário digno e direito afetivos e efetivos constituído.
Uma família bem estruturada nossas crianças merecem. Pai precisa ser de fato pai e mãe de fato mãe, ambos responsáveis pela construção diária de uma família, onde impere o respeito as diferenças, o compromisso e principalmente o amor.
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