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  • Foto do escritorAguinaldo Martins

LUTAR É PRECISO POR HABITAÇÃO POPULAR

Atualizado: 10 de set. de 2021

O desabamento de prédios na Muzema há dois anos e recentemente no Rio das Pedras nos alerta para alguns problemas em termos de habitação popular.


O primeiro é com relação às construções irregulares em áreas que deveriam ser de preservação do complexo lagunar da baixada de Jacarepaguá. O avanço sobre o bioma constituído de mangue e o lançamento de esgoto in natura nas lagoas e a extinção das artérias de água provenientes de nascentes no maciço da Tijuca prejudicam de forma mais grave a renovação e acelera a degradação do ecossistema.


Um segundo ponto é quanto à segurança das construções em áreas de ocupações. Esta questão se relaciona profundamente com a falta de política pública séria de habitação popular no país, que se concentra em construção de conjuntos habitacionais em locais distantes e sem infraestrutura de saúde, educação e transporte. Com construções de baixa qualidade que coloca os moradores em constante risco de vida e sujeitos à ação do crime organizado.


Sugestões de urbanização de favelas nunca foram levadas a sério e, neste contexto, acredito que voltar a regularização da posse da terra aos níveis da época de Leonel Brizola, com um programa de financiamento de habitação popular nas comunidades do Rio de Janeiro, proporcionando condições de o próprio morador construir sua casa sem intermediação de construtoras, barateando o custo e gerando renda para profissionais locais, técnicos, engenheiros e arquitetos, que por exigência do financiamento elaborariam projetos e acompanhariam as obras, é impossível.


Projetos-piloto poderiam ser executados, com a implantação de uma infraestrutura que fosse possível tornar realidade o que eu denomino de SMART FAVELA.

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