LAUDO TÉCNICO PRELIMINAR SOBRE A REPRESA DO CAMORIM
LEIA NA ÍNTEGRA
O JORNAL ABAIXO-ASSINADO RECEBEU DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO ALTO DO CAMORIM O LAUDO PRELIMINAR TÉCNICO (REVISÃO: 01) SOBRE A REPRESA DO CAMORIM.
LAUDO FEITO À PEDIDO DA CEDAE PELA EMPRESA BARRA NOVA ENGENHARIA.
LOCAL: AÇUDE DO CAMORIM, RIO DE JANEIRO – RJ
MAPEAMENTO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE ESTRUTURA DE VERTEDOURO E TALUDE DO AÇUDE DO CAMORIM.
LAUDO PRELIMINAR TÉCNICO
Cliente: CEDAE – Companhia Estadual de Águas e Esgotos
Local: AÇUDE DO CAMORIM, RIO DE JANEIRO – RJ
I – Introdução
Este laudo tem por objetivo apresentar os problemas observados no local acima citado, e a partir das características geológico-geotécnicas e dos riscos associados, identificar os mecanismos envolvidos, e sugerir as medidas mitigadoras a serem adotadas, de forma a que sejam atendidos os requisitos básicos de segurança para a região.
II – Descrição do Problema
Os problemas geotécnicos, que puderam ser identificados, estão relacionados a dois fenômenos distintos a saber:
Ponto 1 – Processo erosivo do talude junto a margem do lago no local mostrado na foto 2.
Ponto 2 – Instabilidade do muro em gabião que arrima o talude a montante do canal após o vertedouro do lago (ver fotos 3 e 5).
Esses problemas devem ser remediados uma vez que sua evolução poderá afetar o escoamento das águas do lago nesses dois locais.
III – Soluções Propostas
Ponto 1
A erosão provocou uma ruptura parcial do talude a montante do lago junto a trilha existente. Nesse trecho existe uma tubulação (DN = 400mm) enterrada que escoa uma parcela da água do lago em direção ao canal de jusante e que foi afetada. Apesar de esse sistema continuar funcionando, novos deslizamentos nesse trecho (já fragilizado), poderá comprometer sua funcionalidade.
Dessa forma, com o objetivo de se recompor o terreno estabilizando o talude e garantindo a funcionalidade da tubulação, propomos a execução de um muro em gabião com colchão reno em sua base para proteção contra processos erosivos gerados pela flutuação do NA do lago.
Cabe ainda destacar, que no desemboque da tubulação acima citada (ver foto 4) os taludes laterais devem ser protegidos através de colchões reno de forma a impedir que processos erosivos ocorram também nesse local.
Ponto 2
A ruptura, de um expressivo trecho, do muro de gabião que arrima os taludes laterais do canal (após o vertedouro), gerou uma situação de precária estabilidade nesse local.
Em decorrência disso, esse talude poderá vir a se romper e isso levar a uma obstrução parcial do canal, após o vertedouro, com o consequente represamento da água nesse ponto.
A ruptura do gabião esta associada ao fato de que as caixas existentes não apresentam a proteção adequada em seu revestimento, para esse tipo de obra.
Dessa forma, propomos a reconstrução, através de muro em gabião, não só do trecho afetado mas como de todo o conjunto que forma o canal de saída do lago (ver foto 5). Esse muro devera ser constituído por caixas com proteção adequada (revestimento com liga apropriada para isso) e em sua base (formando o canal) colchão reno.
Tendo em vista a grande quantidade de blocos de rocha na região, consideramos essa ser a solução mais adequada para os dois pontos citados.
IV – Observações Finais
As pedras marroadas (rachão – foto 6) estão aproximadamente a 500 metros do talude do açude do camorim e da estrutura do vertedouro, caso autorizado pelos órgãos competentes, serão utilizadas na execução das obras de contenção.
Será feito um levantamento batimétrico do açude do camorim. Esse levantamento permite determinar o volume de água existente no açude do camorim, afim de prever futuras variações de volume da área.
Não identificamos nenhum outro tipo de problema que possa configurar uma situação de risco maior para a região, apenas rupturas localizadas com bloqueios da saída de água nos dois pontos citados acima, ou seja, atestamos que as condições de segurança da barragem estão adequadas e que não há risco de ruptura.
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