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Jacarepaguá foi a inspiração para três grandes sucessos da Música Popular Brasileira
Emilinha na capa da antiga Revista do Rádio
YAKARÉ UPÁ GUÁ
Jacarepaguá: inspiração para três grandes sucessos da Música Popular Brasileira
Contracapa do Disco com a bela música Jacarepaguá
*Por Val Costa
O que a cantora carioca Emilinha Borba, o conjunto Vocalistas Tropicais e o grupo vocal Os Cariocas têm em comum? Acertou quem disse que foram grandes intérpretes brasileiros da primeira metade do século XX! Mas, o que poucos sabem é que todos eles gravaram músicas em que Jacarepaguá era a principal temática. Sim, isso mesmo! O bairro de Jacarepaguá foi homenageado em letras cantadas por esses ícones da MPB.
O grupo “Os Cariocas”, criado pelo cantor e compositor Ismael Neto , fez sucesso com a canção “Neurastênico”, de 1954. Nela, percebe-se claramente que o imaginário social da época considerava Jacarepaguá um local ideal para a internação de doentes mentais e pessoas com tuberculose, fato comprovado pelas construções do Hospital Curupaiti e da Colônia Juliano Moreira. Uma das estrofes da música mostra claramente isso:
“Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Preciso me tratar,
Senão
Eu vou prá Jacarepaguá”
Uma das canções mais conhecidas da eterna Rainha do Rádio Emilinha Borba foi “Rumba de Jacarepaguá”, gravada em 1947. A letra já mostrava uma vocação do bairro para a musicalidade, como pode ser visto no trecho abaixo:
“É no duro brasileira Nasceu lá pra Madureira Pouco além de Cascadura A oeste de Irajá Salve a rumba mascarada Que não é rumba nem nada Mas dá pra gente Requebrar até cansar, ai, ai! Salve a rumba de Jacarepaguá! (4x)”
A marchinha mais tocada nos salões e avenidas durante o Carnaval de 1949 foi “Jacarepaguá”. Ela foi feita pelos compositores Paquito, Marino Pinto e Romeu Gentil, e interpretada pelos Vocalistas Tropicais. Essa música é um verdadeiro hino de amor ao bairro, como apresenta a estrofe a seguir:
“Copacabana tem Romances ao luar Em Paquetá também A gente pode amar Porém, o lugar neste mundo… Melhor é para mim: Jacarepaguá!”
*É professor e pesquisador do IHBAJA
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