FOMOS TODAS E TODOS ESTUPRADAS/OS
*Por vereador Reimont
Fomos todas e todos estupradas/os
Lugar de mulher é em casa. Quem limpa a casa é mulher. Quem cuida dos filhos é mulher. Quem lava a louça é mulher. Ou esta cultura acaba, ou, não acabamos com a cultura do estupro.
Menina fecha as pernas! Menina sua roupa está curta! Menina não fala isso! Que coisa mais vulgar! Ou questionamos isso ou não acabamos com a cultura do estupro.
Em alguns extratos da sociedade, o pai inicia sexualmente seus filhos homens, insistindo e incutindo a ideia de que a mulher é puro e simples objeto de desejo. A expressão “segura sua cabra que meu bode está solto” encontra acolhida na cabeça de muitos homens. Ou acabamos com isso, ou, não acabamos com a cultura do estupro.
A sociedade, da mesma forma que é injusta, é machista. Ou mudamos isso, ou, não acabamos com a cultura do estupro.
Muitas mulheres são estupradas a cada dia no nosso Rio de Janeiro. O que mais nos causa indignação é que, infelizmente, um caso sucede o outro e o leva quase ao esquecimento. Todo mundo conhece aquela história: “bateram em um menino de rua e não nos importamos… nós não éramos menino de rua. Agora, estupram nossas filhas…”
Quando o Bolsonaro disse à Maria do Rosário que não a estuprava porque ela não merecia, não podíamos ter deixado barato. Para além dos escrachos, temos que fazer valer a lei para esses machistas e misóginos.Ou fazemos isso ou continuaremos assistindo cenas de estupros se sucedendo diante de nossos olhos.
Quando o ministro interino golpista da educação recebe o Frota para acolher projetos de educação… Ou mudamos isso ou não acabamos com a cultura do estupro.
Ninguém é estranho a nós. Esta menina, estuprada por mais de 30, é filha de todos nós, é nossa irmã, é nossa companheira…
Fomos todas e todos estupradas/os.
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