ENQUANTO A REDE FEDERAL AGONIZA PELA FALTA DE PROFISSIONAIS, MINISTÉRIO DA SAÚDE SE FINGE DE MORTO
Enquanto o Ministério da Saúde continua se fingindo de morto, a rede federal de saúde do Rio agoniza e vive o mais absoluto caos. Em toda a rede, cerca de 1.515 leitos já foram fechados ou estão impedidos (sem condições de uso) devido à falta de profissionais para operá-los. O resultado tem sido uma intolerável situação de desassistência à população carioca, fato ainda mais grave por acontecer em plena curva ascendente da covid-19.
O agravamento da carência de profissionais na rede federal foi provocado pela insistência do Ministério da Saúde em realizar um certame absolutamente irregular. Um certame que arbitrariamente excluiu 90% dos profissionais que há anos já atuavam na rede federal até 31 de dezembro, impedindo esses profissionais de pontuarem no quesito ‘experiência’. O resultado foi que, desde o último dia 1º de janeiro, a rede federal perdeu mais de 2 mil profissionais. Somente 1.419 contratos temporários foram prorrogados. Mesmo assim, até fevereiro.
No Hospital Federal de Ipanema, por exemplo, o 4º da unidade teve de ser fechado e o centro cirúrgico cancelou todas as cirurgias. Em Ipanema, mais de 60% dos leitos foram impedidos.
Pazuello, responsável pelo acirramento da crise na saúde, juntamente com Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto de Aurélio Pereira/ Fotos Públicas – Brasil de Fato)
No Hospital Federal do Andaraí (HFA), setores inteiros — como pediatria — foram fechados e o serviço de pronto atendimento também teve de ser reduzido.
No Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, a situação também é alarmante, sobretudo pela falta de médicos plantonistas. Embora mantenha sua emergência aberta, a unidade está sem cirurgião de plantão.
Já no Hospital Federal da Lagoa (HFL), só 83 dos 235 leitos estão funcionando.
Escrito por André Pelliccione
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