ELETROBRAS PÚBLICA É A GARANTIA DE ENERGIA MAIS BARATA
A população em geral tem sentido no bolso o aumento extorsivo das tarifas de energia. Essa situação, que afeta as famílias de todo o país, é reflexo do processo de privatização das distribuidoras de energia ocorrido na década de 1990, realizado pelo governo antipovo de FHC, como o que aconteceu com a Light, no Rio de Janeiro.
A estratégia neoliberal das privatizações no país retornou com força no governo entreguista de Bolsonaro, que trabalha no Congresso pela privatização do Sistema Eletrobras, maior empresa estatal da América Latina, responsável por 1/3 de toda energia consumida no Brasil.
O movimento sindical, social e a sociedade civil organizada têm lutado contra a privatização da Eletrobras por ter a certeza de que a sua manutenção como empresa pública garante uma energia mais barata para a população. Além disso, a Eletrobras tem um papel estratégico no desenvolvimento econômico e social do país.
Qualquer nação desenvolvida, seja na Europa ou mesmo nos Estados Unidos, tem no setor elétrico a garantia para assegurar políticas de crescimento econômico e, consequentemente, de distribuição de renda, especialmente em períodos de crise. Entregar esse bem para o capital privado é impensável para qualquer governo minimamente sério, e que se preocupa com a sua população. Por isso, é fundamental repudiar a privatização do Sistema Eletrobras.
Privatização das empresas de energia e os apagões
O noticiário tem sido constante sobre os apagões se espalhando pelo país. O primeiro e mais grave caso foi o do Amapá, que durou semanas, jogando toda a população no caos, por conta da falta de investimentos da empresa privada Isolux. E que só foi resolvido após a intervenção das equipes da Eletronorte, uma empresa estatal integrante do Sistema Eletrobras. No Piauí, que teve a Cepisa, sua empresa de distribuição de energia, privatizada, milhares de pessoas ficaram sem energia no estado durante um grande período. Outro apagão durou horas em São Luís, no Maranhão, fruto da incapacidade da EDP (privada) em equacionar uma emergência em uma linha de transmissão. E que somente foi resolvida após a presença dos trabalhadores da Eletronorte (estatal) no local.
Estes acontecimentos não são meras coincidências, mas frutos da privatização, da precarização das condições de trabalho destas empresas, da terceirização excessiva e da falta de equipamentos das empresas privadas de distribuição de energia. As distribuidoras de energia privadas visam ao lucro acima de tudo, o que puderem economizar para mandar os lucros para os seus acionistas, sobretudo no exterior, será economizado.
Portanto, não há dúvida de que a defesa da energia pública representada pela Eletrobras é dever de todos os brasileiros que desejam ter uma energia de qualidade e com preços justos para todos.
Escrito por Renan Costa
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