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  • Jornal Abaixo Assinado

DEZESSEIS ANOS DE JORNAL ABAIXO-ASSINADO

Nas lutas da mulher e das comunidades da Baixada de Jacarepaguá. 


Presencia-se a invisibilidade dos embates e resistência dos moradores de favelas na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São famílias que lutam contra as remoções forçadas, sofrem constrangimentos, violências e descasos por parte de governantes e da grande mídia. E quem mais sofre com essas remoções são as mulheres das comunidades.

Isso acontece propositalmente, para dar vez ao que chamamos de especulações imobiliárias, que caminham ao lado da corrupção. Este fenômeno faz gerar o enriquecimento ilegal das partes interessadas. O mercado da terra é algo que fortalece muito o poder econômico. E ele acaba sendo explorado por construtoras, empresas de demolição de obras e parte do governo que não cumpre sua função de representar o povo. Visam seus próprios objetivos. Porém, é debaixo dos olhares dos deputados e vereadores, dos que recebem altos salários para representar a sociedade, que vidas são violentadas. 

Os últimos governos na cidade do Rio de Janeiro governaram para a elite, e se uniram às construtoras. Tiveram e têm apoio de parte do Judiciário, que sempre decide a favor dos grileiros, das imobiliárias e do governo. Vivemos em um estado comandado por políticas de repressão contra as famílias que são expulsas covardemente de seus lares. 

Muitas remoções são feitas em Áreas de Especial Interesse Social, como foi o caso da Vila Autódromo. Recentemente, houve uma tentativa de remover a comunidade Santa Luzia, no Recreio dos Bandeirantes. Inúmeras, como a Recreio ll e a Vila Harmonia, no mesmo bairro, foram removidas como processo de higienização da cidade, e até hoje nada foi feito no local. Trata-se de um preconceito, em que a pobreza não pode estar ao lado da riqueza.

Essa é a hora em que a grande mídia deveria representar a população. Todavia, existem interesses econômicos entre o governo, o empresariado e a grande mídia burguesa. As famílias de trabalhadores passam a contar apenas com as mídias alternativas.

Nos últimos 16 anos, o Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá e das Vargens (JAAJ) vem ouvindo e divulgando as violências contra essas famílias, no papel de informar à sociedade sobre as dores dessas pessoas que precisam ser ouvidas por aqueles que deveriam nos representar na política, com políticas públicas, e no Poder Judiciário, fazendo justiça para valer os direitos dos cidadãos.

Parabéns ao Jornal Abaixo-Assinado, que é uma das armas usadas pelo povo da Baixada de Jacarepaguá para que o grito de dor ECOE em busca de Justiça Social.

Escrito por Jane Nascimento

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