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Desemprego massacra nossos jovens em Jacarepaguá
Por Almir Paulo*
Desemprego castiga jovens da Cidade de Deus, Rio das Pedras, Gardênia Azul e de outras comunidades de Jacarepaguá
“Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício; e ciência sem humanismo.” (Mahatma Gandhi)
Ao andar pelas ruas de Rio das Pedras, Gardênia Azul e Cidade de Deus, observei um número expressivo de jovens nas esquinas conversando ou mexendo em seus aparelhos celulares. Todos ociosos em plena segunda-feira. Diante desse quadro, me perguntei: Desemprego ou desinteresse pela escola? A crise na economia já está atingindo os mais jovens?
Verifiquei, então, os dados do IBGE sobre o retrato da juventude de 15 a 24 anos que a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD 2014) revelou. De fato, os números são cruéis:
15,2% é a taxa de desemprego dos trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos.
25,7% é a taxa de desemprego dos jovens de 15 a 17 anos.
466 mil jovens de 15 a 24 engrossaram as estatísticas de desemprego no país.
29% dos meninos entre 15 e 17 anos procuraram, mas não encontraram empregos.
30% de jovens entre 18 e 24 anos continuam estudando.
Esses dados mostram que a população jovem foi e está sendo castigada pelo desemprego, e a tendência é piorar o quadro por conta da crise econômica no Brasil e no Rio de Janeiro. Os jovens estão expostos a ela. A vulnerabilidade da juventude, principalmente das comunidades mais pobres, é danosa, porque compromete o futuro do país. Ficam os jovens à mercê da ociosidade, da delinquência, longe da sala de aula e da experiência profissional.
As Associações de Moradores, igrejas e ONGs precisam debater essa questão do desemprego e da educação dos jovens em suas comunidades, reunindo os governos e as associações empresariais na busca por alternativas.
*Coordenação Editorial do JAAJ
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