- Jornal Abaixo Assinado
COVID E A FOME
Atualizado: 22 de ago. de 2021
Brasil e Estados Unidos estão disputando quem mata mais com a Covid-19. Lá, 7 milhões 900 mil contaminados e 217 mil mortos; aqui, 5 milhões 141 mil contaminados e 152 mil mortos. No mundo, 39 milhões de contaminados e 1 milhão e 100 mil mortos.
A Covid evidenciou um cenário de precarização da vida. Agora, os altos preços dos alimentos e o desemprego servem de gasolina para esse ciclo sem fim da desigualdade social no Brasil.
“Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”. Quem disse essa frase?
A fome voltou a se alastrar pelo Brasil. Em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, chegando a, pelo menos, cerca de 10,3 milhões o contingente nesta situação. É o que apontam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro de 2020. O levantamento foi feito entre junho de 2017 e julho de 2018 e apontou piora na alimentação das famílias brasileiras.
Além do aumento da população que passa fome no país, a pesquisa mostrou também que:
Quase metade dos famintos vive no Nordeste do país
Metade das crianças com até 5 anos vive tem restrição no acesso à alimentação de qualidade
Mais da metade dos domicílios onde há fome são chefiados por mulheres
Quanto maior o número de moradores no domicílio, menor é o acesso à alimentação plena
Arroz pesa mais no orçamento de famílias com insegurança alimentar
Atualmente, cerca de 65,4 milhões de pessoas recebem o auxílio emergencial — um número muito próximo ao de pessoas desempregadas ou na informalidade: cerca de 61,7 milhões de trabalhadores.
Para o governo Bolsonaro manter o auxílio é muito caro para o Brasil. Para nós, a manutenção de míseros 600 reais é fundamental para que a classe trabalhadora não morra de fome ou de Covid na informalidade. Vale ressaltar, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), apenas as cestas básicas em julho de 2020 custavam entre R$ 547,03 e R$ 430,44.
Portanto, nossa luta continua sendo contra um sistema brutal que em nome do lucro de uns poucos submete todo um coletivo à miséria e à morte.
Posts recentes
Ver tudoO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, durante seu discurso de despedida da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 17 de fevereiro, afirmou que a liberdad