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Jornal Abaixo Assinado

‘Abraço pela Reabertura da Escola Municipal Lincoln Bicalho Roque’


Ato pela reabertura da Escola Municipal Lincoln Bicalho Roque no bairro de Curicica


Mais uma escola municipal com obra paralisada em Jacarepaguá


A Associação de Moradores do Vale da Curicica realizou uma manifestação — “Abraço em Defesa da Abertura do Novo Prédio da Escola Municipal Lincoln Bicalho Roque” —, com ampla participação de alunos, professores, pais e moradores em geral, no dia 5 de maio, na praça Adão Pereira Nunes (conhecida como praça do Brizolinha), no bairro Curicica.


A Escola Municipal Lincoln Bicalho Roque, em Curicica, foi construída na gestão do governador Leonel Brizola, no “estilo Lelé”, com duração prevista para cinco anos. Entretanto, as atividades da escola permaneceram por aproximadamente de 30 anos, entre reformas e ampliações. Em maio de 2015, a Secretaria Municipal de Educação decidiu fazer um novo prédio de acordo com o programa Fábrica de Escolas do Amanhã, para abrigar um EDI – Espaço de Desenvolvimento Infantil (creche).


Em junho de 2015, alguns pais e responsáveis, descontentes com a demolição da escola, antes do final do ano letivo, procuraram a Associação de Moradores do Vale da Curicica solicitando uma providência. “A Associação fez gestões na 7a CRE, que se mostrou irredutível. Visto isso, ingressamos no Ministério Público (MP), no dia 22 de julho de 2015”, salientou Vladimir Figueiras, diretor da Associação de Moradores do Vale da Curicica. No entanto, em virtude da pressão da Associação e do MP, o coordenador de Infraestrutura da Secretaria Municipal de Educação na época falou que não seria construído um EDI, e sim uma escola de Ensino Fundamental 1, com horário integral, e que a obra teria duração prevista de um ano. No segundo semestre de 2015, os alunos passaram a estudar no pátio do CIEP Rubens Paiva, onde foi realizada uma obra de forma improvisada. Em janeiro de 2017, os pais dos alunos da escola voltaram a procurar a Associação, reclamando das condições insalubres que hoje se encontra esse espaço, o que provoca a desmotivação dos alunos e prejudica o trabalho pedagógico dos professores.


Para comunicar essa necessidade a Associação realizou uma assembleia, com a presença do superintende regional Flávio Caland, que se comprometeu a encaminhar o problema aos órgãos competentes. Dias depois, o superintende voltou à escola, com a diretoria da Associação, e reafirmou aos pais e professores ali presentes que iria fazer gestões nos órgãos competentes para a inauguração da nova escola, o que até a presente data não aconteceu.


“Visto essa situação, a Associação, a FAM-RIO e os pais de alunos ingressaram novamente no Ministério Público, em fevereiro de 2017. No dia 3 de maio, uma representante da 7a CRE esteve na escola e informou que ainda não tem previsão de inauguração. Diante disso, surgiu a ideia do Abraço à Escola. A luta continua até a conclusão das obras e a reabertura da Escola Municipal Lincoln Bicalho Roque. Não daremos trégua à Prefeitura”, salientou Vladimir Figueiras.

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