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Carlos Motta

A METROPOLIZAÇÃO E AS LUTAS SOCIAIS EM JACAREPAGUÁ

Atualizado: 17 de jul. de 2021

La única lucha que se pierde es la que se abandona. (Che Guevara)

Em Jacarepaguá, temos uma expansão da metropolização atrelada ao capital imobiliário, que procura homogeneizar espaços e pessoas, através da força, da coação e de um convencimento norteado pela invocação ao consumo, inclusive explorando a natureza ainda existente. Mas é também uma região um tanto marcada pela resistência à generalização espacial regulada pelo mercado e pela classe dominante local. Pois as classes populares desenvolvem espaços próprios, com uma dinâmica peculiar de convivência, comunicação e articulação. Principalmente quando expressam sua tradicionalidade, como o Quilombo Vargem e o Quilombo Camorim, que resistem à difusão do padrão urbano de impessoalidade e individualismo; ou a rede de economia solidária, da Associação dos Agricultores de Vargem Grande (Agrovargem); ou a luta pela moradia, travada pelo Movimento de União Popular (MUP) e pelo Movimento SOS Vila Autódromo, construindo intervenções que se contrapõem à tentativa de expulsar o pobre das áreas que ficaram abandonadas como estoques do setor imobiliário, mas que se tornam valorizadas pela especulação. Temos também: o Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá (JAAJ) que, ao dialogar com os setores populares, desenvolve um trabalho de mídia alternativa e educação não formal; e o ponto de cultura da Merck, promovendo a diversidade como elemento agregador dos jovens. Sem falar nas lutas sindicais, como a do Sepe/Reg. VI, que não descansa na busca por melhores condições de trabalho nas escolas públicas; e nos trabalhos sociais e afetivos de algumas igrejas católicas, evangélicas e casas espíritas. Portanto, a luta continua e a metropolização capitalista não extingue o território popular, muito menos a complexidade social, a vontade de ver um mundo mais humano e a dialética dos movimentos sociais.

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