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A farsa do impeachment

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A farsa do impeachment

*Por Leonel Brizola Neto – vereador 

O que sempre denunciamos quando começou esse processo de impeachment da presidenta Dilma foi escancarado pelo senador Romero Jucá. Para quem ainda tinha alguma dúvida, a gravação divulgada de sua conversa com o ex-senador Sérgio Machado é a prova irrefutável de que foi orquestrado um golpe institucional contra a democracia brasileira. Que esta democracia em que vivemos é elitista e excludente não resta dúvida. Entretanto, na falta de condições objetivas para a imediata transição ao socialismo, temos que preservar o direito do povo escolher seus representantes.

O Brasil vive hoje um despertar das esquerdas. Pelo país inteiro o que temos visto são jovens, artistas, intelectuais, sem terra, sem teto, sindicatos e cidadãos sem filiações partidárias ocupando as ruas contra um governo ilegítimo, cuja tarefa consiste: na promoção da destruição dos direitos trabalhista; no corte de investimentos sociais; na entrega do que sobrou de nossas riquezas naturais; na privatização da Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e dos Correios e por um ponto final no combate à corrupção para que não atinja o DEM, o PPS, o PSDB, o Solidariedade, o PROS, o PP e, principalmente, o PMDB.

O PMDB está desmoralizado regional e nacionalmente. Existem condições reais para a volta da presidenta Dilma Rousseff. Se isso acontecer, ela tem que resgatar seu passado brizolista e não cair na tentação do enganoso discurso de  garantir a governabilidade e recompor com a direita. A governabilidade se dará com o povo na rua. Essa é a aliança, essa é a sustentação. Um governo de esquerda tem que fazer: auditoria da dívida pública; taxar as grandes fortunas; abrir a caixa preta da privataria tucana; devolver o monopólio da exploração de petróleo à Petrobras; reestatizar a Vale do Rio Doce; cobrar imediatamente a dívida da Rede Globo com a Receita Federal; cortar toda e qualquer verba publicitária aos órgãos da imprensa golpistas; fazer a democratização dos meios de comunicação e criar uma verdadeira TV pública.

As esquerdas não podem perder mais uma oportunidade histórica de fazer do Brasil um país soberano, e que seja, de fato, de todos nós brasileiros.

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